quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Algumas confusões e outras confissões (A saga de um cupido muito louco)

-Imbecil!
-Desculpa.
-Agora onde que foi parar essa maldita flecha.
Olhei para tudo que era lado e não consiguia ver, afinal tava tudo muito escuro, uma fumaceira desgraçada.
Ele ainda tava se levantando do chão.
-Além de tudo é estabanado agora. Me diz como que tu consegue?
-Eu não vi o degrau e fora que isso aqui tá muito apertado, minhas asas são muito grandes, fui desviar de um e bati em outro, quando vi já tava no chão.
-Mas cadê essa maldita flecha?
Era só o que eu conseguia pensar, pois era a minha vida amorosa que estava em jogo.
-Ali! Ali! Ele grita.
-Vem comigo.
Foi me arrastando pelo meio da multidão e me mostrou. A flecha tava cravada nas costas de um ser que me olhou e sorriu.
-E agora José?
-Quer que eu arranque a flecha?
-Claro! Arranca.
Eu ainda tinha um pouco de consciência, acho que já estou um tanto acostumada com isso que demora um pouco mais para fazer efeito.
-Vai lá arranca logo!
-Tá tô indo.
-Não, não espera.
-Espera o que?
-Olha aquele sorriso lindo. Nossa que boca!
-Ah meu Deus! É pra arrancar ou não hein?!
-É sim.
-Bom então eu vou lá.
-Tá!
-Esperaaaaa!
-O que foi dessa vez?
-Olha como dança.
-E daí? Tu mesma disse que não queria mais nada disso, que ficar sozinha era melhor e mais um monte de blá, blá, blá.
-É eu sei, mas...
-Mas o que?
Mas não sei, não sei e não sei.
E saí dançando loucamente pela pista em direção a flecha, deixando ele falando sozinho.
-Olha eu passo cada uma com essa minha provação viu. Que serviçinho bem cruel o meu. Ain ainda viro Arcanjo!

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