quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lembranças... Eu juro que tento esquecer

Quanto tempo irá levar?

Ah! Quantos sorrisos falsos terei que dar?
Quantas lágrimas ainda derramar?
Até eu conseguir te esquecer
Até me conformar em te perder

Quantos sonhos eu terei que sonhar?
Quantas palavras ao chão deixar?
Até que o vento leve de mim
Até que tudo isso chegue ao fim

Quantos versos tristes irei escrever?
Quantas palavras irei reler?
Até me convencer...

Quanto tempo vai levar?
Quanto ainda irei lembrar?
Não sei, não sei dizer
Prometa-me

Que protegera o nosso amor
Que nada, nenhuma dor
Será capaz de nos separar
Prometa-me que irás tentar

Mesmo que os teus dias
Sejam tristes como os meus
Que esse amor irás guardar
Num cantinho do coração teu

Prometa-me, por favor,
Mesmo quando nenhuam luz restar
E uma escuridão ficar

Mesmo assim irás lembrar
Do tempo que a gente viveu
Tentando se amar

Um só pedido
Se eu tivesse direito a um único pedido
Pediria uma noite a mais
Para de perto ver o teu sorriso
E se eu não tivesse direito a mais nada
Só pediria uma madrugada
Para sentir teus lábios pela última vez
para sentir o teu cheiro e talvez
Dessa noite nunca mais esquecer
E se uma noite inteira eu não pudesse
Um só instante me bastaria
As minhas mãos tocariam o teu rosto
E para sempre eu levaria
A sensação da tua pele macia
Dentro do meu coração

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fantasia, vista a sua também ( Retalhos de lembranças, lembranças em retalhos)

Inverno, um rigoroso e típico inverno riograndense, a semana corre o dia dos namorados se aproxima e eu nesse ônibus chato me dirigindo até a capital à trabalho.

Frio do caramba, nem a matinha é suficiente mais, mas meu livro me distrai, Coisas da Vida - Martha Medeiros, um livro de crônicas, que eu tô lendo sei lá, pela terceira ou quarta vez e o pior que acabo por me identificar com algum dos textos que antes tinha passado despercebido, a bola da vez a crônica chamada " a vida que pediu a Deus", fala um pouco do fato de sempre reclamarmos da vida que temos, mas não fazermos nada para mudá-la, interessante, reflexões a parte, talvez seja isso mesmo.

Tô eu aqui nesse ônibus, com frio, indo para um trabalho nem bom nem ruim, afinal me sustenta, mas não é oh que maravilha, chegando o dia dos namorados e eu vou acabar comprando um presente para mim mesma, como já fiz tantas vezes, shopping é o que não falta em Porto Alegre.
A verdade é que eu assim como tantas outras pessoas faço bem pouco para que minha vida mude, em relação a assuntos amoros então, nem se fala, mas fazer o que né, quando você deseja alguém que não te quer ou nem sabe da sua existência.
Ah! vai dizer que você não quer alguém?
Mentira todo mundo quer alguém e geralmente quem não lhe quer, fato.
Bom quem eu quero um dia já me quis ou pelo menos me enganou que queria.
Não vejo a tanto tempo, mas esses ares daqui como me fazem recordar.... Não nunca estivemos em POA, nem deu tempo disso acontecer. Não a pessoa não morreu, vive bem, tão bem que minha existência se faz indiferente.
E o frio não passa ainda bem que estamos chegando e o sol tá raiando de leve, mas acho que vai fazer um dia bonito, daqueles que dá para lagartiar no sol. Só que eu não vou poder porque vou estar naquela droga de shopping trancada o dia todo correndo de um lado ao outro para o evento sair em ordem. Ótima tarde de Sábado pra mim.
Tá parei de reclamar e de pensar também, na redenção lotada, no chimas que eu não vou tomar.
Chega! Vou voltar a ler.
Texto seguinte "lembranças mal lembradas". Ah! Vá é mesmo!
Ele fala um pouco sobre como as nossas lembranças nos prendem sem que conseguimos seguir em frente.
Acabo de descobrir o meu problema de encalho, ter lembranças, mas como diz Martha Medeiros no texto "sorte de quem lembra direito".
Eu sou do time oposto, certeza, lembro com lágrimas, sorrisos, lembro com intensidade, sinto cheiros sensações. Não consigo me colocar do lado de fora da lembrança, talvez se colocar de fora seja a maneira certa de lembrar das coisas, sei lá.
Opa! Chegamos, enfim a capital, o sol acordou de vez, hum... e eu precisando acordar de vez, estica, estica, deu coluna no lugar, óculos escuros no rosto, agora eu vou para onde "quiserem". É claro ir tomar aquele café forte no primeiro estabelecimento aberto, seja ele qual for, só precisa vender café.
Caminha, caminha, cada vez que venho aqui parece estar maior. tá certo não costumo vir com tanta frequência assim.
Padaria a 10 passos, é nessa mesmo, um café e um pão de queijo... Agora sim acho que acordei, mais uma esticada óculos no lugar, cigarro acesso, hora de ir trabalhar e sobe no ônibus de novo.
Continua...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Fantasia, vista a sua também (Explicação)

Bom quem lê isso aqui já percebeu que gosto de criar títulos e fazer várias edições do mesmo. Fantasia, vista a sua também será um deles. São alguns sonhos = daqueles que a gente deita dorme e sonha, isso mesmo esses aí, talvez mais elaborados, com nomes trocados, personagens reais ou não.
O que eu posso adiantar é que... vista você também a sua fantasia, quem sabe um dia ela pode se realizar ou se complementar, vai saber né?!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Você já sentiu saudades de algo que nunca "viveu"?


Talvez não tenha vivido fisicamente
Talvez não tenha sido palpável, mas sim imaginável
É uma saudade estranha, pois é uma saudade sem lembrança
A cada fechar de olhos ela se modifica
Não existe uma única cena
É uma saudade mutante de algo não realizado
Saudade do que não existiu
Esse tipo de saudade te deixa impotente
Ao fechar os olhos apenas pontos de interrogação
Se... Se fosse, se tivesse sido assim, como seria hoje?
Não sei dizer, nunca saberei dizer aquilo que não vivi, que não vivo,
Mas tenho uma saudade que por vezes me faz voar pelo imaginário
Me faz transpor as portas da realidade
Onde caio lentamente dentro de mim
Onde transformo o irreal em possíveis ilustrações
E sinto uma saudade de tudo...
De tudo que não vivemos!