domingo, 6 de fevereiro de 2011

Poesia musical e seus Poetas


Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sentimento.
Relações de depend~encia e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida,
Explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto,
Formatado, inteiro, antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto para mim,
Que o amor manifesta.
A virtude do amor é a sua capacidade potencial de ser cosntruido,
Inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária do amor não nos domine?
Minha resposta?
O amor é desconhecido
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é um ser em mutação.
O amor quer ser interferido,
Que ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quendo diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar por uma estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio,
Com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor, não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor,
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve,
O amor faz a sua fogueira dionistica no meu espirito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu,
Como se fossem novas estrelas recem nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida.
O amor grita o seu silêncio e nos dá a sua musica.
Nós dançamos a sua felicidade em delírio, pois somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância que a vida é feita,
Ou melhor só se vive no amor.
E a lingua do amor é a lingua que eu falo e escuto.
Do Amor - Paulinho Moska

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Seriam almas gêmeas?


Seriam almas gêmeas aqueles que discordam tanto, que são tão diferentes?
Que magoaram um ao outro por tantas vezes, que falavam e agiam como se nem se importassem.
Seriam almas gêmeas aqueles que tanto calaram sentimentos e desistiram de tentar?
Seriam almas gêmeas a se encontrar?
Almas que se reconheceram a primeira vista, que vivenciaram intensamente cada instante, sentinso assim a mesma vibração.
Seriam almas gêmeas?
Já que quando a pele se encontra o mundo chega a parar e com os olhos fechados é possível viajar.
Seriam almas gêmeas quando se encontram na mesma sintonia?
Sem que aja pressa, deixando que o tempo os embale na melodia.
Seriam eles almas gêmeas?
Pois um dia se amaram de uma forma inesplicável a tal ponto que ainda hoje existe fragmentos desse amor.