sábado, 1 de setembro de 2012

Quando o gostar não dói


Existem aqueles que afirmam que o gostar dói.
Até eu mesma um dia já afirmei isso, mas a cada dia tenho mudado de opinião, pois nem todo o gostar é dolorido.
Quando é recíproco, carregado  dos mesmos desejos, se torna leve, limpa o peito e tranquiliza a alma.
Quando é possível vê-lo nos olhos de alguém, bem lá ao fundo onde guardamos as coisas raras, ele se torna capaz de lhe transformar.
E então você muda, troca os copos por mãos firmes, a pista por uma cama quente e passa a prestar atenção para dentro da festa que vive em você,
Muda tão bruscamente, que os outros tornam-se os outros e o que importava já não faz sentido.
Você descobre que é capaz de ser melhor, é capaz de se doar de novo, é capaz de ser o que nunca foi,
Hoje eu sei que nem todo amor dói!

terça-feira, 31 de julho de 2012

O Roubo


Talvez não tenham me sobrado palavras
Para o que quero dizer
Foram me roubadas todas
Pelos teus lábios, pelo teu querer
Foi me tirado o ar
Mas me devolvida a vida
Me roubado o pensamento
Mas deixado um coração cheio
De alegrias e anseios
Foram me roubados os dias
Mas me devolvidos os sonhos
Me retirado o sossego
Da medo, mas eu me proponho
A viver tudo que vier
Estar do teu lado
Ser tua mulher 

terça-feira, 17 de julho de 2012

A porta


Se for para ficar sinta-se a vontade
Só não entre se for de passagem
Se for para somar então se sente
Veja que lindo o poente
Se for por amor a casa é sua
Sem nenhuma formalidade
Ou qualquer frescura
Se for por carinho eu te abrigo
Protejo-te, levo-te comigo
Se for por desejo eu te alimento
Mantendo ele sempre acesso
Se for por querer
A porta estará aberta
Não meia fresta e sim completa
Mas se for para a ilusão
Encontrarás a porta sem nenhum vão 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Quem ela é?


A poesia é o transbordar
Daquilo que já não cabe
Que dentro do peito esvai
Até a ponta dos dedos
É a transferência do que está dentro
Do coração e do pensamento
É tudo aquilo que grita
Que canta e que chora
É o que se guarda e em ti mora
A poesia é o avesso do poeta
Que dela não descola   

72 horas


Em 72 horas o céu mudou de cor
As nuvens se dissolveram e o sol entrou
Em 72 horas 3 anos se passaram  
As lembranças e os medos então me reencontraram
Cruzei pelo tempo e até o passado cheguei
Nossas faces eram carregadas de risos, mas também lembro que chorei
E pelo caminho por onde eu andei, recordo bem
Que a cada passo seria melhor a fuga
Fugir de teus braços, fugir de ser tua
Mas o meu desejo sempre me levava, eu poderia sim ser a amada
Em 72 horas no presente me vi
Eram os mesmos risos, o mesmo que senti
O desejo eu ainda podia ver por aqui
Dentro desse coração bagunçado que não sabe fingir
Em 72 horas eu pensei no futuro...
E nada eu encontrei além de ti 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Saber do Sentir


Por mais que você seja bom com as palavras e consiga expressar seus sentimentos através delas e também dos seus atos.
Nem assim outro alguém será capaz de medir os seus sentimentos, só você sabe o que o guarda as suas dores e alegrias, os seus limites e suas dificuldades.
Só você sabe aquilo que pensa diariamente, dos seus desejos, das suas tristezas camufladas em sorrisos. Só você é capaz de saber aquilo que os seus olhos viram e da forma como viram.
Mas sempre irão existir aquelas pessoas que acreditam saber mais que você, a respeito dos seus próprios sentimentos.
Que lhe julgam, mas não sabem quase nada sobre aquilo que habita o seu interior.

sábado, 23 de junho de 2012

Como amei


Amei assim perdidamente
Um sorriso que me mentiu
Amei assim loucamente
Um alguém que me traiu
Amei assim cegamente
Um amor que acreditei
Que seria eternamente
O mais lindo que sonhei
Amei assim com sentimento
Um coração que parecia ser
Daqueles que você sempre pensou em ter
Amei assim com pureza
Um ser com tal delicadeza
Que é difícil de esquecer

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A sua felicidade é o que importa


Dizemos essa frase muitas vezes para amigos quando pedem nossa opinião.
- Sua felicidade é o que importa!
Quando existe outro tipo de amor torna-se bem mais difícil, pois desejamos aquele alguém ao nosso lado.
Somos egoístas, queremos a presença, até o dia que temos a consciência que não podemos mais lhe arrancar sorrisos.
Até o dia que descobrimos que o verdadeiro amor é aquele incondicional, aquele que você torna-se capaz de deixar partir em busca da sua felicidade.
E mesmo esse alguém não estando mais diante de seus olhos, você segue o amando, se alegra com suas alegrias, suas realizações.
Se conforta ao saber que ele voltou a sorrir, se tornou melhor, com seus objetivos, com todas as coisas que aprendeu.
Pois o verdadeiro amor é aquele que é livre.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Inverno


É um frio cortante que parece cortar a alma.
Você coloca 2 calças, 3 meias, inúmeras blusas e os tremores persistem.
Nada parece aquecer, nada parece consolar as mãos que gelam, os dedos que ficam rígidos.
Talvez todo esse frio não venha apenas de fora, mas sim de dentro.
Ter um coração gelado, faz com que o corpo pague, acho que o meu a tanto tempo no gelo congelou.
Transformado em pedra se preserva, de todo fogo, de tudo aquilo que o possa derreter.
É engraçado, mas as vezes o inverno está é dentro de você.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Quando o amor não morre


Estar junto ou não é uma escolha, mas o sentir a gente não escolhe.
Acreditamos que a distância de um amor doente será capaz de nos curar, que o tempo apaga aquilo que os olhos não veem que a presença não se contempla.
Mas a parte que os olhos já viram? E tudo que foi vivido?
Não, o coração não é capaz de apagar da memória um arquivo de tamanha proporção.
Você pode acionar diversos comandos e a mensagem será sempre a mesma “erro ao deletar, não é possível apagar os melhores momentos da sua vida”.
E você simplesmente não paga, não substitui e as vezes não recupera.
Então acaba por aprender a conviver com aquele arquivo em RAM que por horas pesa por demais dentro do seu ser.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Hoje lembrei


Eu lembro do cheiro...
Do cheiro do vento que tinham algumas noites
Daquele Novembro como ontem
Das ruas e esquinas, dos bancos e calçadas, dos bares, das músicas dedicadas
Eu lembro de camas quentes, das peles juntas, dos olhares, das falas e daqueles 5 andares.

Eu lembro do sorriso, da saudade, das conversas infinitas, das dores sentidas
Eu lembro de um viaduto, de uma taça ao chão, das vezes que pegava firme a minha mão
Lembro bem das promessas, dos planos, de te ouvir dizer te amo
Lembro do reencontro, das pernas tremulas, das borboletas... Que viviam também em meu estomago
Sim eu lembro e principalmente quando por acaso te vejo, em lugares que já fomos felizes.
Eu lembro de camas quentes, das peles juntas, dos olhares, das falas e daqueles 5 andares
Eu lembro do sorriso, da saudade, das conversas infinitas, das dores sentidas
Eu lembro de um viaduto, de uma taça ao chão, das vezes que pegava firme a minha mão
Lembro bem das promessas, dos planos, de te ouvir dizer te amo
Lembro do reencontro, das pernas tremulas, das borboletas... Que viviam também em meu estomago
Sim eu lembro e principalmente quando por acaso te vejo, em
Eu lembro do sorriso, da saudade, das conversas infinitas, das dores sentidas
Eu lembro de um viaduto, de uma taça ao chão, das vezes que pegava firme a minha mão
Lembro bem das promessas, dos planos, de te ouvir dizer te amo
Lembro do reencontro, das pernas tremulas, das borboletas...
Que viviam também em meu estomago
Sim eu lembro e principalmente quando por acaso te vejo, em lugares que já fomos felizes

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sobre a Indiferença


Não eu não vou falar que “a indiferença é o contrario do amor” e blá blá blá.

Vou falar sobre a estranheza de ter que ser indiferente diante da indiferença.

Seja essa indiferença advinda por qualquer motivo, vergonha, acompanhamento ou por  não se importar mesmo, mas o fato é, para o não indiferente, para aquele que lembra de cada detalhe.

Que de certa forma não esqueceu, que algum tempo atrás estava ouvindo juras de amor, fazendo planos e todas essas babaquices que a gente faz e diz quando se está apaixonado.

Não importa! O problema é ter que fazer cara de monge ao passar por tal pessoa na rua, ao encontrar em uma balada, parar ao seu lado enquanto ela beija outra pessoa e você fica lá com aquela cara de paisagem, fingindo que nem se conhecem, quanto mais terem vivido uma “história de amor”.

Enquanto o seu interior grita, fica desconfortável e o seu pensamento voa longe.

Como alguém que já fez parte da sua vida dessa forma, de todas aquelas formas já conhecidas, pode nem olhar na sua cara hoje em dia?

Eu não sei dizer, mas tem duas coisas que penso quando algo assim acontece.

Será que dividimos das mesmas lembranças?

Foi em outra vida que um dia fomos felizes? Pois acaba sendo o que me parece já que a indiferença nos coloca tão distantes.

Distante de alguém que você já teve uma intimidade tremenda e até das suas manias se lembra.

Só sei que indiferença dói para quem não sabe ser indiferente.

Ultimamente acho que to aprendendo na marra.