quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Algumas confusões e outras confissões (A saga de um cupido muito louco)

Foram feitos inúmeros tratamentos, reclusões em retiros Hindus a procura do seu eu, mas não deu, ele não toma jeito mesmo.
Me conformei e acho que essa é a parte mais triste em tudo isso.
Ele continua aprontando as suas e cada vez se torna pior, mistura pessoas do presente e do passado em uma desajeitada sincronia e quem paga o pato sou eu. Claro! Sempre eu me ferrando com as suas graçinhas.
As duas últimas foram hilárias para ele né que tenho certeza que fica lá me olhando com o seu arco e flacha e com aqueles enormes óculos fundo de garrafa.
Sim! Ele é miope, só pode ser não tem outra explicação para tamanha burrice.
Resolveu dessa vez me colocar pela sei lá, décima vez diante da mesma criatura, é loucura, mas cupido burro é que nem o mito do raio ele acerta sim mais de uma vez o mesmo lugar.
É lá estava eu toda serelepe andando por ai, despreocupada de tudo, o mundo tinha um azul celestial e a primavera era tão linda.
Enquanto isso ele estava lá sentadinho em sua nuvem acompanhando tudo, como se fosse novela (mexicana só se for) esperando a parte da diversão, o momento exato que eu tomaria o pé na bunda.
-Satisfeito?
E ele em um riso sacana respondeu.
-Eu não me canso de me divertir ao ver como tu leva tudo tão a serio.
Mas que c#@*&$ e não era para levar a serio então. O filho da mãe me cega e eu ainda tenho que ter a capacidade de ver onde as coisas iriam terminar.
Não satisfeito, nem recuperada eu ainda estava do último golpe e ele aparece com mais uma surpresinha.
Uma pessoa bem fácil de entender, talvez para um psiquiatra. Sabe bem o que quer da vida, resumindo não quer nada e a frase que eu mais tenho escutado nos últimos dias é não sei.
Foi ai que eu virei para ele e disse:
-Pega essa maldita flecha e enfia no @@!

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