quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Algumas confusões e outras confissões ( A saga de um cupido muito louco)

De fato ele "consertou" a porcaria, tanto que a criatura nem apareceu mais.
Depois de muita briga chegamos a um acordo, ele tomaria mais cuidado com o seu arco.
-Promete que vai beber menos e tomar cuidado?
-E tu prometes que vai te empolgar menos e parar de me confundir?
Ah! Ele não podia perder a oportunidade de me afrontar.
Afinal quem manda aqui?! Sou eu ou é ele?
Essa era uma pergunta que não saia da minha cabeça durante toda a nossa conversa.
Resolvemos nosso desentendimento e já que o final de semana tinha chegado, fomos comemorar.
Chagando à balada fomos direto ao bar, nos olhamos. Uma água pra mim e outra pra ele, melhor não arriscar.
Estávamos lá alegremente nos divertindo, a música tava magnifica aquela noite, festa cheia, muita gente passando.
-Olha! Olha! Coisa linda!
Disse ele me cutucando, fazendo com que eu virasse para o lado contrário do que eu estava.
-O que, que tem?
-Presta a atenção oras, tem muita gente interessante passando.
Às vezes eu acho que o meu cupido é meio viado, mas tá né, fazer o que.
Continuei dançando despreocupada, tomando a minha água e não me interessando muito pelas pessoas que passavam por ali.
Olhei para o lado e ele estava lá todo atento, confesso que sinto mais medo quando ele está assim do quando está distraido.
A noite discorria perfeita, graças a Deus ele tinha se comportado.
-Vamos pra pista? Ahhhh! Eu amoo essa música. Gritava ele faceiro.
E lá da pista dava para ouvir I Will Survive retumbando as caixas de som.
-Vamos, vamos! Eu não tinha outra opção a não ser ir.
A festa tava lotada e nós nos espremendo para chegar até a pista, eu ia à frente abrindo caminho e ele logo atrás de mim.
Foi quando eu senti um puxão no meu braço e olhei para trás, era ele caindo lentamente ao chão, se atrapalhou com aquelas enormes asas em meio aquele povo todo e foi-se. Eu tentei segurar, mas não consegui.
Comecei então a me sentir um tanto estranha, aquela velha e conhecida sensação, quando eu olhei para a mão dele só estava o arco.
-Drogaaaaaaaaaa! Tudo de novo nãooo!

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