terça-feira, 31 de julho de 2012

O Roubo


Talvez não tenham me sobrado palavras
Para o que quero dizer
Foram me roubadas todas
Pelos teus lábios, pelo teu querer
Foi me tirado o ar
Mas me devolvida a vida
Me roubado o pensamento
Mas deixado um coração cheio
De alegrias e anseios
Foram me roubados os dias
Mas me devolvidos os sonhos
Me retirado o sossego
Da medo, mas eu me proponho
A viver tudo que vier
Estar do teu lado
Ser tua mulher 

terça-feira, 17 de julho de 2012

A porta


Se for para ficar sinta-se a vontade
Só não entre se for de passagem
Se for para somar então se sente
Veja que lindo o poente
Se for por amor a casa é sua
Sem nenhuma formalidade
Ou qualquer frescura
Se for por carinho eu te abrigo
Protejo-te, levo-te comigo
Se for por desejo eu te alimento
Mantendo ele sempre acesso
Se for por querer
A porta estará aberta
Não meia fresta e sim completa
Mas se for para a ilusão
Encontrarás a porta sem nenhum vão 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Quem ela é?


A poesia é o transbordar
Daquilo que já não cabe
Que dentro do peito esvai
Até a ponta dos dedos
É a transferência do que está dentro
Do coração e do pensamento
É tudo aquilo que grita
Que canta e que chora
É o que se guarda e em ti mora
A poesia é o avesso do poeta
Que dela não descola   

72 horas


Em 72 horas o céu mudou de cor
As nuvens se dissolveram e o sol entrou
Em 72 horas 3 anos se passaram  
As lembranças e os medos então me reencontraram
Cruzei pelo tempo e até o passado cheguei
Nossas faces eram carregadas de risos, mas também lembro que chorei
E pelo caminho por onde eu andei, recordo bem
Que a cada passo seria melhor a fuga
Fugir de teus braços, fugir de ser tua
Mas o meu desejo sempre me levava, eu poderia sim ser a amada
Em 72 horas no presente me vi
Eram os mesmos risos, o mesmo que senti
O desejo eu ainda podia ver por aqui
Dentro desse coração bagunçado que não sabe fingir
Em 72 horas eu pensei no futuro...
E nada eu encontrei além de ti